segunda-feira, 10 de agosto de 2009

35º ano da morte de Frei Tito

A Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Campinas reuniu ontem, dia 9 de agosto, cerca de 100 jovens para assistir o filme Batismo de Sangue, rodado no shopping UNIMART. A exibição do filme faz parte do projeto “Direito à memória e à verdade”, sob responsabilidade do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Campinas.
Há 35 anos (10/08/1974) morria frei Tito de Alencar Lima, religioso da Ordem dos Dominicanos, vítima das brutais torturas que o aparelho repressor do Governo Militar usava para controlar seus opositores. Frei Tito foi torturado barbaramente pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, no DOPS e no DOI-CODI, Frei Tito apresentou seqüelas psicológicas profundas que o levou à depressão e ao suicídio, depois de ter se tornado nacional e internacionalmente conhecido pelas denúncias da tortura nos cárceres brasileiros.
Ao fim da exibição do filme, os jovens (com idades entre 15 e 27 anos) expuseram seus sentimentos acerca da história. Alguns se mostraram muito sensibilizados pela realidade apresentada pelo diretor Helvécio Ratton, que adaptou para as telas o livro de Frei Betto. Outros chegaram a duvidar que aquilo realmente acontecia em nosso país. Mas o sentimento que mais esteve presente nas partilhas ouvidas após o filme foi o de perturbação. “Ninguém mais quer que isso se repita”, dizia o jovem Felipe, de 17 anos. A certeza que fica para esses jovens é que todos os fatos descritos no filme só não se repetirão se eles participarem efetivamente da vida política do país, cobrando e lutando por maiores liberdades e pela verdadeira democracia.
Um filme que mostra todo o heroísmo de uma minoria que lutou pela liberdade de todo um povo, enganado e espoliado pela Ditadura Militar.

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