quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Amor desarmado na espera de uma nova humanidade

“O que são os horrores da guerra, as violências sobre os inocentes, a miséria e a injustiça que se abatem sobre os mais fracos, senão a oposição do mal ao Reino de Deus? E como responder a tanta maldade a não ser com a força desarmada e dasarmante do Amor que vence o ódio, da Vida que não teme a morte?”.
─ pp. Bento XVI
Ângelus, 31.Ago.2008, Castel Gandolfo


A humanidade caminha rumo a horizontes desconhecidos e ela é constantemente remodelada. Ela está sempre caminhando, topando com limites que, então, já não são mais limites; tomando consciência deles, ela os ultrapassa. Entretanto, a humanidade sofre dores de parto. Para caminhar faz-se necessário partir e isso causa dores indizíveis. O ser-humano tem medo da dor, foge das implicações do caminho. Aqui, afugenta-se no alívio imediato do eu-indisponível, da “egonomia” resultante da modernidade consumista e da qual resulta a maior escravidão da humanidade: O Homem escravo de si mesmo.
Mas o Homem pensa e pensar é ultrapassar. Consciente da opressão infligida sobre si, a humanidade sente a necessidade de ser libertada e redimida. A criação sofre e espera a verdadeira liberdade, aguarda um mundo diferente, melhor; espera a libertação.
O Homem é isso: Um ser esperançado e esperançador. E a esperança, para nós, cristãos, é o incomensurável dom Pascal; por isso a esperança jamais será coisa inalcançável, mas a conseqüência da realidade da Ressurreição.
É preciso partir, mesmo com as dores, ultrapassar os limites da esperança, pois, verdadeiramente, este mundo novo esperado supõe, incontrastávelmente, uma nova humanidade.

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