terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nossa Senhora e Mãe Aparecida: o Sim para Deus e para os homens


Maria do sim. É isso que celebramos no dia de hoje. Não é o dia de uma deusa, pois Maria não é deusa e nem quer ser uma. Ela sempre soube se recolher a sua insignificância, a humildade sempre fez morada naquela mulher: “A minha alma engrandece o Senhor... porque Ele olhou para a humildade de sua serva”. Celebramos a mulher Maria, que no absurdo de sua vida acolheu o Amor de Deus, dizendo sim a Sua vontade e vivendo inteiramente para revelar aos homens o rosto humano do Criador.

Maria viu-se diante de um imenso mar, cercada de fortes ondas e bravos ventos. Não desistiu. Seu sim foi verdadeiro, corajoso e revolucionário. Frente a ela estava uma cultura preconceituosa, na qual a mulher era tratada com desprezo e submissão. Mas Maria, uma simples mulher, ergueu-se de forma inexplicável, seu olhar era pura caridade, seu colo era fortaleza. Vivia a pobreza de uma sociedade desigual, a perseguição de uma religião fundamentalista e a incompreensão de seus próprios irmãos e amigos. Não desistiu. Era impossível, a partir de sua escolha, voltar atrás. O Espírito Santo a impelia a seguir no caminho que o Criador lhe havia preparado. O vento forte que a balançava e a levava adiante era o Amor de Deus, para o qual seu sim era definitivo.


Não dá mais pra voltar, o barco está em alto mar
Não dá mais pra voltar, o barco está em alto mar

Não dá mais pra negar
o mar é Deus e o barco sou eu
E o vento forte que me leva pra frente
é o amor de Deus.

Não dá nem mais pra ver o porto que era seguro
Eu sou impulsionado a desbravar um novo mundo.

O que celebramos hoje, pode até parecer incompreensível aos olhos de muitos, é mais do que uma simples mulher, é o sim que trouxe ao mundo o Salvador. É a humilde certeza que em Aparecida, em meio à escravidão e perseguição aos negros e pobres, uma pequena imagem, suja de cera e fragilizada pela água do rio, trouxe aos pequenos e oprimidos: “Deus está olhando por nós!”. A certeza era o significado que aquela pequena imagem trazia: a Libertação está próxima, nosso Deus caminha conosco. É só dizer Sim e prosseguir, não desistir, acreditar que somos um barco impulsionado pelo Amor de Deus a desbravar um Mundo Novo.

Nossa Senhora Aparecida – Mãe Cidinha – Padroeira do Brasil, Senhora dos povos sofridos desta terra, Patrona dos pequenos e oprimidos – rogue por todos nós, seus filhos. Assim seja!

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