segunda-feira, 19 de outubro de 2009

OPTAR PELA VIDA! (C.F 2008)

Iniciamos a Campanha da Fraternidade 2008. Seu tema é “Fraternidade e Defesa da Vida”, e o lema “Escolhe, pois, a vida”. Vida, por sinal, já foi o tema de várias campanhas da CNBB: Reconstruir a vida (1974), Fraternidade e vida (1984); também aparece em lemas: Para que todos tenham vida (1984), A serviço da vida e da esperança (1998), Vida sim, drogas não (2001), Vida, dignidade e esperança (2003), Água, fonte de vida (2004) e Vida e missão neste chão (2007).

A escolha do tema deste ano é a “expressão da preocupação com a vida humana, ameaçada desde o início pelo aborto até sua consumação com a eutanásia”. Tema preciso e desafiador! Somos colocados diante de uma escolha entre a morte (aborto e eutanásia) e a vida.

O lema se inspira na Bíblia. O povo de Israel se encontrava a caminho da Terra Prometida. Em sua longa peregrinação, foi encontrando vários povos, com os quais devia se relacionar e dialogar. Esses povos tinham outra cultura e outros deuses, aos quais era solicitado a adorar, esquecendo Javé que os havia libertado da escravidão do Egito. Optar por esses deuses significaria esquecer o projeto libertador de Javé e, portanto, a morte. Optar pelo Deus libertador significaria caminhar para a liberdade, e, portanto, para a vida (Dt 30,11ss). Coube ao povo escolher! E o povo - ainda que entre lutas e sacrifícios - escolheu a vida! E foi fiel a Javé e à caminhada libertadora!

Este dilema se coloca para nós hoje no que diz respeito à vida. Estamos vivendo numa cultura, na qual muitos defendem, com base nos atuais conhecimentos científicos sobre a fertilidade humana, uma posição de liberdade quanto à geração de filhos. O argumento é de que o bebê aceito dentro de um planejamento familiar terá melhores condições afetivas e materiais para seu desenvolvimento. Ao contrário, os bebês concebidos em situações de ignorância, imprudência, aventura e irresponsabilidade social não teriam condições ideais de vida. Os que se declaram favoráveis ao aborto afirmam que a defesa da vida, como proposto na Campanha da Fraternidade, é assunto religioso. E a sociedade, ao se autodefinir como laica, pode traçar caminhos próprios, alegando, inclusive, razões de saúde pública.

Entretanto, se contemplarmos o espetáculo maravilhoso da natureza, tudo o que nos encanta - desde as mais pequeninas células de nosso organismo até a grandeza dos astros - e nos dermos conta de que tudo isto “conspira” em favor da vida, não poderíamos deixar de nos interrogar sobre a origem de tudo isto.

Quem nos fala expressamente da origem da vida é a Bíblia. Após criar o mundo, Deus disse que “tudo era bom” (Gn 1,21), e quando criou o ser humano, homem e mulher, disse que “era muito bom” (Gn 1,31). O mundo criado por Deus é belo. Procedemos de um desígnio divino de sabedoria e amor.

O Documento de Aparecida nos ajuda a refletir: “A vida é presente gratuito de Deus, dom e tarefa que devemos cuidar desde a concepção, em todas as suas etapas, até a morte natural, sem relativismos. A globalização influi nas ciências e em seus métodos, prescindindo dos procedimentos éticos. Discípulos de Jesus, temos que levar o Evangelho ao grande cenários delas, promover o diálogo entre ciência e fé e, nesse contexto, apresentar a defesa da vida. Este diálogo deve ser realizado pela ética e em casos especiais por uma bioética bem fundamentada. A bioética trabalha com essa base epistemológica, de maneira interdisciplinar...” (DA, 464-5).

“Assistimos hoje a novos desafios que nos pedem ser voz dos que não têm voz. A criança que está crescendo no seio materno e as pessoas que se encontram no ocaso de suas vidas são exigência de vida digna que grita ao céu. A liberalização e a banalização das práticas abortivas são crimes abomináveis, como também a eutanásia” (DA, 467). O texto base nos convoca ao discernimento sobre: vida, pessoa humana, avanço das ciências, esterilidade conjugal, gestação indesejada, manipulação do embrião, vida afetivo-sexual, pobreza, violência, sofrimento e morte.

Como o Povo de Deus, é preciso optar pela vida. E quem heroicamente fez a opção pela vida de seu bebê foi Santa Gianna Beretta Molla. Nascida em 1922, em Magenta, perto de Milão na Itália, teve ótima educação cristã. Formou-se em medicina e cirurgia pela Universidade de Pavia e se especializou em pediatria na Universidade de Milão. Em 1955, casou-se com Pietro Molla. Teve 1 filho e 3 filhas. Na gravidez da última, foi descoberto um fibroma no útero. Consciente do problema, levou para frente a gravidez e disse a seu médico: “Se você precisa decidir entre eu e a criança, escolha a criança”. Deu à luz à criança e uma semana depois faleceu, com 39 anos de idade. Foi reconhecida a santidade de sua vida manifestada no heroísmo desta opção pela vida de sua filha. Foi canonizada em 16 de maio de 2004.

Deus nos conceda zelar pela vida e a lutar por políticas públicas em sua defesa, tendo presente neste ano eleitoral, ações que visem garantir o direito à vida, em cumprimento do artigo 5º da Constituição Federal e dar aos idosos dignas condições de vida. Santa Gianna Beretta Molla interceda!

Dom Jacyr Francisco Braido, CS, Bispo de Santos

NAZISTAS PELO DIREITO DE DECIDIR

O grupo Católicas pelo Direito de Decidir, segundo suas próprias diretrizes, “é uma entidade feminista, de caráter inter-religioso, que busca justiça social e mudança de padrões culturais e religiosos vigentes em nossa sociedade, respeitando a diversidade como necessária à realização da liberdade e da justiça”. Ele existe desde 1993, alimentado por investimentos obscuros e sob o falso prisma de “católico”.

Como o grupo mesmo afirma, é uma entidade de caráter inter-religioso, ou seja, não pode ser tratado como um grupo católico. E mesmo se em sua constituição houvesse a menção “entidade católica”, suas atividades e ideologias o tornam, em sua essência, incompatível com a fé católica e com as leis da Igreja. Conforme o Código do Direito Canônico, quem praticar ou ajudar na prática do aborto está sumariamente excomungado. Isto é, o grupo Católicas pelo Direito de Decidir não tem nenhuma ligação com a Igreja Católica. É uma farsa cujo objetivo é cultivar as sementes da morte no seio da sociedade brasileira.

A Carta Encíclica Evangelium vitae, do Papa João Paulo II, sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana, afirma que “o ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento, devem-lhe ser reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida” (EV 60). Assim, matar um ser humano é sinal de desvalorização da vida, que precisa ser protegida em toda e qualquer circunstâncias, independentemente de há quanto tempo e de como está existindo.

Ser favorável ao aborto é ser contra os ensinamentos da Igreja, e do próprio Cristo, que quer “vida plena” para todos. Não é mero moralismo ou antiliberalismo de minha parte, da parte da Igreja ou de qualquer um que defenda a vida. Trata-se de coerência com a fé na qual e pela qual nos propomos viver.

Segundo a CNBB, em nota de 03 de março de 2008, o grupo “é uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e rede com vários parceiros no Brasil e no mundo, em particular com uma organização norte-americana intitulada ‘Catholics for a Free Choice’. Sobre esta última, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos já fez várias declarações, destacando que o grupo tem defendido publicamente o aborto e distorcido o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso; é contrário a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja; não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica. Essas observações se aplicam, também, ao grupo que atua em nosso país”.

Acredito, pessoalmente, que a defesa da vida é o maior dogma da Igreja Católica e que todos os que se acham contrários a ele devem repensar sua participação no seio das comunidades católicas. Defender o aborto é defender o assassinato de inocentes, é digno dos piores carrascos nazistas.

A seguir, a mensagem de Dom Jacyr Francisco Braido, Bispo de Santos, para a Campanha da Fraternidade do ano passado.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Francisco...

“O milagre acontece quando a vontade dos homens é a vontade de Deus.”
João XXIII



São Francisco, escrevo estas palavras em sinal de admiração e do profundo respeito que tenho por tua história. Nos grupos de jovens, deste imenso Brasil, a juventude tem o carinhoso costume de chamar-te de “Chico”; peço, então, a permissão para chamar-te assim. Foi com este nome que pela primeira vez ouvi tua mensagem falar dentro de mim. Talvez, não sei por que, aquele chamado que tu ouviste ecoou de maneira surpreendente em meu coração: “Minha Igreja está em ruínas, vá e reconstrua a minha Igreja!” Não quis mudar a Igreja conforme ela precisava ser mudada. Mas tu a transformou intensamente. Deixaste o Cristo modificar-te intimamente e, a partir de tua conversão, transformaste aqueles que de ti se aproximavam. Bem aventurado aquele que, presenteado com uma flor, partilha com todos o seu perfume.

Irmão Chico, a Igreja de nosso Irmão Jesus mudou muito. O povo está mais consciente de sua participação e de sua importância. Os padres, em sua grande maioria, desceram dos púlpitos e estão mais próximos das pessoas. Apesar de alguns exemplos contrários, a Igreja, enfim, optou pelos pobres da Terra. O clero deixou a sacristia e foi fazer passeata em favor dos direitos da vida e da liberdade. A Igreja aproximou mais sensivelmente sua ação ao Evangelho de Cristo, a Boa Nova que tu também seguias. Mas Chico, nem tudo é alegria para nós. Ainda persistem as rachaduras e a imensa distância entre pregação e vida. Ainda há ruínas em nossa Igreja.

Dias atrás uma mãe procurou-me para falar de seu filho. Um jovem bonito, com 19 anos de idade, participante de um grupo de jovens e freqüentador assíduo das Missas de Domingo. Havia três dias que estava trancado em seu quarto, fugindo do mundo, entregue às drogas. A mãe, desesperada, não sabia mais o que fazer. Fui ter com ele e depois de quatro dias ele abriu a porta do quarto. Estava com os olhos fundos e vermelhos, pálido e gelado como um corpo morto. Apenas uma pergunta e uma resposta. Eu: “Por que isso?”; ele: “Me sinto sozinho!”

Hoje, meu irmão, as pessoas estão em profundo e sistemático desencontro. Tu não imaginas o quão difícil é reunir visinhos, amigos, pais e filhos. Grupos eles têm de monte, mas desaprenderam a encontrar-se verdadeiramente. Falam de tudo e de todos, menos de si mesmos. Querem saber de todas as notícias, mas não querem perder um minuto sequer para ouvir o que o outro tem a falar. Muitos abraçam, mas poucos descobriram o poder de um abraço. Hoje os abraços estão maliciosos e interesseiros. Como isso me machuca! Sei muito bem que em tua época as coisas também eram difíceis, as relações de opressão eram infinitas. Contudo, ainda havia espaço para o “eu”; em minha época, as pessoas não se importam nem consigo mesmas.

São as rachaduras de nossa Igreja, fortemente marcada pelo ritualismo vazio, pelo sentido sem sentido, pela hipocrisia, pela falta de acolhida e pela mecanização das relações. Não há mais os “moralismos” que afastaram milhares de (in)fiéis durante anos. No entanto, em muitos lugares, instalou-se como um problema crônico a falta de moral e de decência. Os padres falam mas não são ouvidos. Nós, enquanto Igreja, estamos errando muito na maneira de agir com o nosso povo. Lembra-te dos votos? Pois é, a pobreza não cabe mais nos dicionários de muitos religiosos; a obediência só é lembrada quando as “autoridades” sentem o perigo das críticas; a castidade virou sinônimo de celibato, não mais se ensina o respeito pelos outros e por si mesmo, a fidelidade, a honestidade e a mansidão. Sim, estamos errando de maneira insuportável. Se um jovem que não faz parte da comunidade eclesial se perde pelo caminho, é triste e doloroso, porém entendemos que ele não tinha para onde ir. Mas quando um jovem, membro da Igreja, se perde desta maneira, é sinal de que não estamos oferecendo sequer o necessário. Lembrei-me agora que tu dizias que o necessário era apenas Deus. Provavelmente, irmão Chico, não estamos sendo sinal de Deus na vida da Igreja. Muito triste!

Precisamos rezar mais. Talvez um bom exemplo de prece seja aquela bonita oração, que não sei se realmente é tua, mas que simplifica a nossa missão: “Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado”. Precisamos acreditar mais em milagres, como tu acreditavas. O mundo é tão frágil sem milagres, a liturgia é tão vazia sem milagres, a vida é tão salgada se não se abrir para o milagre de Deus. Fazer a vontade do Pai, ter a mesma vontade de Deus, eis o milagre.

Irmão Chico, perdoe-me pelo desabafo. Mas dói muito ver que estamos perdendo oportunidades reais de salvar vidas para nos preocupar, entre outros, com o tamanho e a cor da toalha da Mesa na qual Cristo se doa incondicionalmente. Pesa-me, sobretudo, minha insignificância para querer mudar e criticar tais coisas. Tu não te preocupavas em falar porque sabia de tua insignificância diante dos grandes e importantes. Mas falava e ensinava como um santo e incomodava feito um profeta. Tu não te vias como grande, mas há quem te comparasse a uma “pedra de escândalo”, maior grandeza entre os que seguem a Pedra que os pedreiros rejeitaram. Obrigado por teu exemplo, irmão Chico, amado Chico, São Francisco.

Paz e Bem!

São Francisco de Assis

Por Thiago Prado de Campos

Dia 4 de Outubro é dia de São Francisco de Assis. Por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente. Pra mim ele é, porém, o Santo dos Jovens. Um exemplo de conversão a ser seguido.

Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, em 1182. Pertencia à burguesia, e dessa condição tirava todos os proveitos. Como seu pai, tentou o comércio, mas logo abandonou a idéia por não ter muito jeito para isso. Sonhou, então, com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o status que sua condição exigia.

Contudo, em 1206 para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa. Entregou-se totalmente a um estilo de vida fundado na pobreza, na simplicidade de vida, no amor total a todas as criaturas. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos.

Pobrezinho de Assis, como era chamado, foi uma criatura de paz e de bem, terno e amoroso. Amava os animais, as plantas e toda a natureza. Poeta, cantava o Sol, a Lua e as Estrelas. Sua alegria, sua simplicidade, sua ternura lhe granjearam estima e simpatia tais que fizeram dele um dos santos mais populares dos nossos dias.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

HOMO PESTIS

"É preciso propor aos homens um grande objetivo".
Lebret



“O que proponho [...] é uma reconsideração da condição humana à luz de nossas mais novas experiências e nossos temores mais recentes. É obvio que isto requer reflexão; e a irreflexão – a imprudência temerária ou a irremediável confusão ou a repetição complacente de ‘verdades’ que se tornaram triviais e vazias – parece ser uma das principais características do nosso tempo. O que proponho, portanto, é muito simples: trata-se apenas de refletir sobre o que estamos fazendo” (Hannah Arendt, A Condição Humana, p. 13.).

Hannah Arendt propõe que se “reflita sobre o que estamos fazendo”. Nas mais diversas oportunidades que a vida nos dá para parar e refletir acerca de nossas atitudes e, sobretudo, nossas relações humanas, deve haver um profundo respeito para com a experiência de cada homem e com seu modo de ver e julgar o mundo que o circunda. Ora, cada um de nós tem uma identidade pela qual é conhecido e pela qual se permite conhecer. É impossível, partindo do pressuposto do respeito pela experiência de cada pessoa, apresentar uma outra identidade que não seja aquela apresentada no dia a dia. Não que esta identidade seja imutável, mas mesmo as mudanças são perceptíveis à luz da experiência relacional de cada um. O que tem se verificado, são pessoas que usam de sua capacidade cognitiva (sapiensa) para usufruir das oportunidades, são os chamados “oportunistas”. Negam a caracterização do homo faber e mesmo do homo laborane para se tornarem homo pestis. Esses, verdadeiros abutres na caça pelo que devorar, quebram a cadeia das relações por simples interesse próprio. O homem relacional cede lugar ao animal repulsivo (pestis).

O mundo existente é fruto da atividade humana e, ao ser pensado e executado, abre caminho para a libertação do homem da natureza. Ao “criar” o mundo, o homem tenta romper sua mortalidade ao mostrar que o que ele faz pode tornar-se “imortal” ou, pelo menos, sobreviver por muito tempo. Aqui, o animal repulsivo põe fim ao processo tornando sua obra delinqüente, i.é, ele mesmo deseja perpetuar-se , não importando os meios para fazê-lo, mesmo que os meios destruam suas próprias obras. Vê-se muito as identidades sendo reformuladas de modo constante, sem nenhuma preocupação com as experiências relacionais. Como pode um indivíduo que nega o direito de manifestação a um certo grupo oferecer-se para integrar esse mesmo grupo num determinado movimento histórico? Pode ele ter mudado tão drasticamente, da negação à aprovação? Se fixarmos a reflexão num certo contexto, teremos a constatação de que tal indivíduo não mudou, tampouco está aprovando o grupo, mas apenas aproveitando de uma oportunidade de seu interesse próprio (oportunismo). O homo pestis joga com as oportunidades para estabelecer um domínio sobre as possibilidades que lhe aparecem.

Como afirma Lebret, “é preciso propor aos homens um grande objetivo”, capaz de fazê-lo nobre em sua própria e inequívoca identidade. Refletir sobre o que estamos fazendo é indiscutivelmente a melhor estratégia para sabermos se estamos nos tornando homo pestis ou se estamos reestruturando a nossa existência a partir da idéia de homo frater, aquele que vive e se comporta impecavelmente nas cadeias relacionais. O homem é constantemente lançado ao mundo, onde a ação e o discurso revelam sua identidade, uns aos outros, na cadeia das relações intersubjetivas, penetrando no autentico espaço político, na polis, como diria L. R. Benedetti, no qual a consciência crítica torna o homem um ser para a liberdade, adquirindo sua plena identidade pessoal. O homem que não traduz sua identidade no seu agir, torna-se profundamente repulsivo, intrinsecamente pestis de sua raça.


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